A política é basicamente o exercício do poder. A busca pela verdade resulta na variação constante da forma como o poder é exercido. A verdade é que vivemos um momento de inverdades na política, de verdadeiro descrédito, devido a uma série de acontecimentos que só acentuam a crise ética mundial.
Enquanto muitos são tomados por esse descrédito em relação à política, a resignação também passa a caracterizar o comportamento de todos, o que oportuniza uma degeneração de nossa democracia. Um filósofo grego, Políbio, já falava dessas formas de degeneração. Dizia que “a monarquia degenera em tirania, a aristocracia em oligarquia e a democracia em oclocracia”. Pelo visto a democracia parece mesmo ganhar característica de monarquia tiranizante ou de uma pseudo-democracia. O povo com seu comodismo assiste resignado aos desmandos de governos que se acham absolutos em seu poder.
Com o surgimento do Estado surgiu também a monarquia caracterizada pelo governo de um homem, o monarca, em que o poder é passado de forma hereditária. Nesse contexto, a verdade é estabelecida de acordo com os conceitos e interesses do chefe de Estado. Entretanto, com a degeneração da monarquia surgiu, como Políbio previa, a tirania. Segundo Aristóteles, a tirania não é nada mais que uma forma distorcida de monarquia em que um tirano (ditador) ascende ao poder por meios ilegais.
A insatisfação da elite com a tirania resultou na aristocracia. Esta forma de governo concentra o poder nas mãos de uma minoria. Normalmente a minoria governante faz parte da classe dominante que impõe suas ideias. Agora a verdade é estabelecida de acordo com os interesses de uma camada da sociedade e não apenas de uma pessoa. Com o seu desgaste, surge a oligarquia, que, igual à aristocracia, é chamada de “governo para poucos”, mas dessa vez tem-se um governo de poucos para benefício próprio.
Sua deterioração é causada pela oposição das massas populares que começam a lutar por seus direitos trabalhistas e sociais. Com o poder na mão do povo surge a Democracia, forma de governo que visa justiça e igualdade entre todos. Já o resultado de sua degeneração dá-se pela Oclocracia, que não se trata exatamente de uma forma de governo e sim de um momento onde o povo se põe acima das leis, levando o Estado a obedecer a suas ordens acima de qualquer determinação.
Percebe-se então que na política a verdade é extremamente relativa. Depende do tipo de governo vigente, das pessoas que fazem funcionar esse núcleo político e principalmente de seus ideais. Por exemplo, peguemos a Ditadura (Tirania). A verdade outorgada por ela não é aceita por todos os governados, mas, infelizmente (na visão do grupo), não deixa de ser uma. Agora, nos direcionando para a Democracia, isto é, um governo mais liberal, temos uma verdade “optativa”. Existem partidos de diferentes ideais que brigam pelo poder através do voto, ou seja, cada partido apresenta a sua verdade, mas nós escolhemos a que achamos melhor.
Mas além dos governos, cada indivíduo também tem uma verdade referente aos seus ideais. O que nos leva à pergunta: a política trabalha com a verdade de quem? Talvez ela tenha uma verdade absoluta que é não ter uma verdade absoluta. Pode parecer bobo e supérfluo, mas só assim que ela conseguiu sobreviver a diversas formas de governo através de toda a história.
Sempre terá um governo representando seus ideais, suas verdades, o que nos leva a lutar para fazê-lo ser justo e condizente com a ordem pública, igualdade e respeito ao povo. Neste momento defendemos um ideal, uma verdade e iremos propagá-la e apregoá-la do mais alto dos telhados a partir de agora, a fim de que o povo saiba que Dr. Josimar é pré-candidato a prefeito de Lago da Pedra e defende um Lago da Pedra para todos, não para duas famílias que se revezam no poder há anos. Essa é a verdade.